quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Esses dias tive uma conversinha com o espelho…

Olhei minha sobrancelha que quase nunca está completamente feita, minhas espinhas adolescentes, meu rosto sem maquiagem, minha camiseta larga e meu cabelo despenteado.

Fiz dezenas de caretas e centenas de expressões. Me olhei de frente, de perfil, de cima, de baixo… Joguei o cabelo pra trás, baguncei ele pra frente, para os lados e sorri pensando que eu sempre vou ser essa moleca que acorda as 04:00 da manhã com uma vontade maluca de tomar uma sprite bem geladinha no auge do gás, que quando sai e vê um montão de pombos amontoadinhos sai correndo na direção deles só pra ver todos voando, que pula nas poças, que perde roupas e ganha muitos hematomas em cada show de sua vida.
Não nasci pra ser a barbie exemplo de beleza em rodas de garotas que PRECISAM ter alguém pra se inspirar. Sou introspectiva, involuntariamente sozinha com meu universo repleto de luzes, livros, discos que me são e sempre foram a mais doce de todas as companhias…
Sou menina, não sou modelo. Fico vermelha ao receber elogios, não sei chegar em qualquer ambiente com muitas pessoas sozinha e sempre sou a que ouve e a que se enturma com muita dificuldade.
Gosto de cheiros de temperos, de enfiar minhas mãos em potes cheios de grãos de arroz, de comer todas as casquinhas de pão que caem na mesa e de me encher de doces e filmes durante o fim de semana.
Sou assim, nerd, previsível e comum, mas o meu mundo… ah… o meu mundo é colorido, bonito e quentinho e pra conseguir entrar nele é necessário pagar o preço da simplicidade.

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