quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

E se...?

E se eu tudo isso não tivesse um início? E se eu não tivesse saído de casa naquela tarde escura? E se eu tivesse resistido a tentação? E se, por algum motivo, eu não tivesse me encantado tanto? E se eu tivesse colocado um ponto final no primeiro paragrafo? E se.. e se eu não te amasse tanto? Como seria? Seria diferente, sem dúvidas, mas talvez eu não teria aprendido tanto, sofrido tanto, talvez eu não me conheceria tanto. Talvez eu tenha conhecido um sapo, um sapo que se transformou e fez de mim uma princesa, mas talvez, só talvez, ambos tivessem se transformado em sapos, sapos que pulam sem direção, tentando encontrar o caminho de volta, mas por tantas direções possíveis não obteve o resultado desejado, assim parando de planta em planta, aprendendo cada vez mais que o 'E se..?' vem se transformando em 'Talvez..' um talvez que vem trazendo contigo o ar de esperança e de saudade, algo que seja o que for sempre me faz colocar o seu nome no meio de cada frase iniciada por 'talvez..', sim eu ainda penso no 'e se...?' mas com menos frequência a cada dia que passa, porque a cada dia que passa eu penso 'e se... talvez não fosse pra ser' porque é isso que eu vejo, que não foi nada, não foi ninguém, foi apenas momento, momento sem importância e sem significado, talvez pra ambos é, mas do que importa? o 'e se..' não vai fazer nada mudar, pelo menos não fara nada mudar o que já foi, pode mudar o presente, mas 'talvez' o futuro não seja um 'e se..?' e sim um 'será que já..?'

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Esses dias tive uma conversinha com o espelho…

Olhei minha sobrancelha que quase nunca está completamente feita, minhas espinhas adolescentes, meu rosto sem maquiagem, minha camiseta larga e meu cabelo despenteado.

Fiz dezenas de caretas e centenas de expressões. Me olhei de frente, de perfil, de cima, de baixo… Joguei o cabelo pra trás, baguncei ele pra frente, para os lados e sorri pensando que eu sempre vou ser essa moleca que acorda as 04:00 da manhã com uma vontade maluca de tomar uma sprite bem geladinha no auge do gás, que quando sai e vê um montão de pombos amontoadinhos sai correndo na direção deles só pra ver todos voando, que pula nas poças, que perde roupas e ganha muitos hematomas em cada show de sua vida.
Não nasci pra ser a barbie exemplo de beleza em rodas de garotas que PRECISAM ter alguém pra se inspirar. Sou introspectiva, involuntariamente sozinha com meu universo repleto de luzes, livros, discos que me são e sempre foram a mais doce de todas as companhias…
Sou menina, não sou modelo. Fico vermelha ao receber elogios, não sei chegar em qualquer ambiente com muitas pessoas sozinha e sempre sou a que ouve e a que se enturma com muita dificuldade.
Gosto de cheiros de temperos, de enfiar minhas mãos em potes cheios de grãos de arroz, de comer todas as casquinhas de pão que caem na mesa e de me encher de doces e filmes durante o fim de semana.
Sou assim, nerd, previsível e comum, mas o meu mundo… ah… o meu mundo é colorido, bonito e quentinho e pra conseguir entrar nele é necessário pagar o preço da simplicidade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Venha!

As vezes é necessário enxergar e não apenas ver, as vezes precisamos prestar atenção no que ouvimos e dizemos, porque nunca se sabe o quão efeituoso algo pode ser pra alguém, nunca se sabe o sentindo oposto que podemos ter, diante aos nossos atos precisamos examinar casa passo, cada gesto, nada palavram, afinal nunca se sabe o caminho que elas poderam ter diante no própriamente dito.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Motivos I.

Era pos isso que eu estava ali. Era por isso que eu ia enfrentar qualquer tipo de recepção que me esperasse na volta. Porque, por baixo de toda raiva e sarcasmo, ele sofria. Naquele momento, isso estava muito claro em seus olhos. Eu não sabia como ajudá-lo, mais sabia que precisava tentar. Não apenas porque devia isso a ele. Era porque sua dor doía também em mim. Ele se tornara parte de mim e agora não havia como mudar isso.

domingo, 28 de novembro de 2010

Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

Harry Potter and the Deathly Hallows



Dobby nunca quis matar! Oh Não! Dobby quis apenas mutilar ou ferir gravemente !

domingo, 19 de setembro de 2010

Você nunca é você mesmo.

Você ainda vai amar e odiar a mesma pessoa, vai querer morrer e vai querer viver mais, vai se perguntar o porque de gostar, o porque de amar! Vai rir das coisas que passou, vai rir de como você era, de como você é, e de como você pensa ser. Vai querer mudar de nome, vai querer ser outra pessoa, vai perceber que você mudou muito, ou que você sempre foi a mesma pessoa! Vai querer rir com vontade de chorar, chorar com vontade de rir, vai acreditar e desacreditar, vai se perder em sua própria vida, vai arriscar mesmo sabendo das conseqüências. Vai deixar de tentar por medo, duvidas, vai se arrepender, vai querer voar. Vai querer sumir, se mudar para outro país. Vai querer recomeçar, mesmo nunca tendo começado, vai fazer planos com outra pessoa, mesmo ela nunca ter feito parte disso. Vai depender de alguém, vai pedir ajuda. Vai perder o orgulho. Vai perceber que mesmo sendo sempre a mesma pessoa, você nunca é você mesmo.